segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Leituras do 4º Domingo do Advento - Ano C

LEITURA I – Miq 5,1-4a

Leitura da Profecia de Miqueias

Eis o que diz o Senhor:
«De ti, Belém-Efratá,
pequena entre as cidades de Judá,
de ti sairá aquele que há-de reinar sobre Israel.
As suas origens remontam aos tempos de outrora,
aos dias mais antigos.
Por isso Deus os abandonará
até à altura em que der à luz
aquela que há-de ser mãe.
Então voltará para os filhos de Israel
o resto dos seus irmãos.
Ele se levantará para apascentar o seu rebanho
pelo poder do Senhor,
pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus.
Viver-se-á em segurança,
porque ele será exaltado até aos confins da terra.
Ele será a paz».

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 79 (80)

Refrão 1: Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos.

Refrão 2: Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto
e seremos salvos.

Pastor de Israel, escutai,
Vós estais sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio.

Deus dos Exércitos, vinde de novo,
olhai dos céus e vede, visitai esta vinha;
protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.

Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,
sobre o filho do homem que para Vós criastes.
Nunca mais nos apartaremos de Vós,
fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.


LEITURA II – Heb 10,5-10

Leitura da Epístola aos Hebreus

Irmãos:
Ao entrar no mundo, Cristo disse:
«Não quiseste sacrifício nem oblações,
mas formaste-Me um corpo.
Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado.
Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui;
no livro sagrado está escrito a meu respeito:
Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’».
Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações,
não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado».
E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei.
Depois acrescenta: «Eis-Me aqui:
Eu venho para fazer a tua vontade».
Assim aboliu o primeiro culto
para estabelecer o segundo.
É em virtude dessa vontade
que nós fomos santificados
pela oblação do corpo de Jesus Cristo,
feita de uma vez para sempre.


EVANGELHO – Lc 1,39-47

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naqueles dias,
Maria pôs-se a caminho
e dirigiu-se apressadamente para a montanha,
em direção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz:
«Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado
que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos
a voz da tua saudação,
o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou
no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito
da parte do Senhor».

04º Domingo do Tempo do Advento - Ano C

Resultado de imagem para 4º domingo do advento ano c
 
Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projecto de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da verdadeira felicidade.

O Evangelho sugere que esse projecto de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré veio ao encontro dos homens para apresentar aos prisioneiros e aos que jazem na escravidão uma proposta de vida e de liberdade. Ele propõe um mundo novo, onde os marginalizados e oprimidos têm lugar e onde os que sofrem encontram a dignidade e a felicidade. Este é um anúncio de alegria e de salvação, que faz rejubilar todos os que reconhecem em Jesus a proposta libertadora que Deus lhes faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos “instrumentos” humanos de Deus; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus.

A primeira leitura sugere que este mundo novo que Jesus, o descendente de David, veio propor é um dom do amor de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele veio apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações dos homens.

A segunda leitura sugere que a missão libertadora de Jesus visa o estabelecimento de uma relação de comunhão e de proximidade entre Deus e os homens. É necessário que os homens acolham esta proposta com disponibilidade e obediência – à imagem de Jesus Cristo – num “sim” total ao projecto de Deus.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Leituras do 3º Domingo do Advento - Ano C

LEITURA I – Sof 3,14-18a

Leitura da Profecia de Sofonias

Clama jubilosamente, filha de Sião;
solta brados de alegria, Israel.
Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava,
afastou os teus inimigos.
O Senhor, Rei de Israel, está no meio de ti
e já não temerás nenhum mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém:
«Não temas, Sião,
não desfaleçam as tuas mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti,
como poderoso salvador.
Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo,
renova-te com o seu amor,
exulta de alegria por tua causa,
como nos dias de festa».

 SALMO RESPONSORIAL – Is 12,2-3.4bcd.5-6

Refrão 1: Exultai de alegria,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

Refrão 2: Povo do Senhor, exulta e canta de alegria.

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

LEITURA II – Filip 4,4-7

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Irmãos:
Alegrai-vos sempre no Senhor.
Novamente vos digo: alegrai-vos.
Seja de todos conhecida a vossa bondade.
O Senhor está próximo.
Não vos inquieteis com coisa alguma;
mas em todas as circunstâncias,
apresentai os vossos pedidos diante de Deus,
com orações, súplicas e acções de graças.
E a paz de Deus, que está acima de toda a inteligência,
guardará os vossos corações e os vossos pensamentos
em Cristo Jesus.

 EVANGELHO – Lc 3,10-18

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
as multidões perguntavam a João Baptista:
«Que devemos fazer?»
Ele respondia-lhes:
«Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma;
e quem tiver mantimentos faça o mesmo».
Vieram também alguns publicanos para serem baptizados
e disseram:
«Mestre, que devemos fazer?»
João respondeu-lhes:
«Não exijais nada além do que vos foi prescrito».
Perguntavam-lhe também os soldados:
«E nós, que devemos fazer?»
Ele respondeu-lhes:
«Não pratiqueis violência com ninguém
nem denuncieis injustamente;
e contentai-vos com o vosso soldo».

03º Domingo do Tempo do Advento - Ano C

 Resultado de imagem para 03º Domingo do Tempo do Advento - Ano C
O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?” Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.

O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “baptizado no Espírito”, recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica.

A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”, espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.

A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Leituras da Solenidade da Imaculada Conceição - Ano C


LEITURA I – Gen 3,9-15.20


Leitura do Livro do Génesis


Depois de Adão ter comido da árvore,
o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?»
Ele respondeu:
«Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim
e, como estava nu, tive medo e escondi-me».
Disse Deus:
«Quem te deu a conhecer que estavas nu?
Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?»
Adão respondeu:
«A mulher que me destes por companheira
deu-me do fruto da árvore e eu comi».
O Senhor Deus perguntou à mulher:
«Que fizeste?»
E a mulher respondeu:
«A serpente enganou-me e eu comi».
Disse então o Senhor à serpente:
«Por teres feito semelhante coisa,
maldita sejas entre todos os animais domésticos
e entre todos os animais selvagens.
Hás-de rastejar e comer do pó da terra
todos os dias da tua vida.
Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a descendência dela.
Esta te esmagará a cabeça
e tu a atingirás no calcanhar».
O homem deu à mulher o nome de 'Eva',
porque ela foi a mãe de todos os viventes.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 97 (98)


Refrão: Cantai ao Senhor um cântico novo:
o Senhor fez maravilhas.


Cantai ao Senhor um cântico novo,
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.


O Senhor deu a conhecer a salvação
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.


Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.


LEITURA II – Ef 1,3-6.11-12


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios


Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que do alto dos Céus nos abençoou
com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo.
N'Ele nos escolheu, antes da criação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis,
em caridade, na sua presença.
Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade,
a fim de sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo,
para louvor da sua glória
e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho.
Em Cristo fomos constituídos herdeiros,
por termos sido predestinados,
segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza
conforme a decisão da sua vontade,
para sermos um hino de louvor da sua glória,
nós que desde o começo esperámos em Cristo.


EVANGELHO – Lc 1,26-38


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo:
«Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?»
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso, o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».

Solenidade da Imaculada Conceição - Ano C


Resultado de imagem para SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA
Na Solenidade da Imaculada Conceição somos convidados a equacionar o tipo de resposta que damos aos desafios de Deus. Ao propor-nos o exemplo de Maria de Nazaré, a liturgia convida-nos a acolher, com um coração aberto e disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo.

 A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projecto que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projecto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.

 A primeira leitura mostra (recorrendo à história mítica de Adão e Eva) o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos caminhos de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência… Viver à margem de Deus leva, inevitavelmente, a trilhar caminhos de sofrimento, de destruição, de infelicidade e de morte.

 O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a auto-suficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical, com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para ela e para o mundo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Leituras do 2º Domingo do Advento - Ano C

LEITURA I – Bar 5,1-9

Leitura do Livro de Baruc

Jerusalém, deixa a tua veste de luto e aflição
e reveste para sempre a beleza da glória que vem de Deus.
Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus
e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno.
Deus vai mostrar o teu esplendor
a toda a criatura que há debaixo do céu;
Deus te dará para sempre este nome:
«Paz da justiça e glória da piedade».
Levanta-te, Jerusalém,
sobe ao alto e olha para o Oriente:
vê os teus filhos reunidos desde o Poente ao Nascente,
por ordem do Deus Santo,
felizes por Deus Se ter lembrado deles.
Tinham-te deixado, caminhando a pé, levados pelos inimigos;
mas agora é Deus que os reconduz a ti,
trazidos em triunfo, como filhos de reis.
Deus decidiu abater todos os altos montes e as colinas seculares
e encher os vales, para se aplanar a terra,
a fim de que Israel possa caminhar em segurança,
na glória de Deus.
Também os bosques e todas as árvores aromáticas
darão sombra a Israel, por ordem de Deus,
porque Deus conduzirá Israel na alegria,
à luz da sua glória,
com a misericórdia e a justiça que d’Ele procedem.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 125 (126)

Refrão 1: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor: por isso exultamos de alegria.

Refrão 2: O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo.

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.


LEITURA II – Filip 1,4-6.8-11

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos:
Em todas as minhas orações,
peço sempre com alegria por todos vós,
recordando-me da parte que tomastes na causa do Evangelho,
desde o primeiro dia até ao presente.
Tenho plena confiança
de que Aquele que começou em vós tão boa obra
há-de levá-la a bom termo até ao dia de Cristo Jesus.
Deus é testemunha
de que vos amo a todos no coração de Cristo Jesus.
Por isso Lhe peço que a vossa caridade
cresça cada vez mais em ciência e discernimento,
para que possais distinguir o que é melhor
e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo,
na plenitude dos frutos de justiça
que se obtêm por Jesus Cristo,
para louvor e glória de Deus.

EVANGELHO – Lc 3,1-6

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério,
quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia,
Herodes tetrarca da Galileia,
seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconítide
e Lisânias tetrarca de Abilene,
no pontificado de Anás e Caifás,
foi dirigida a palavra de Deus
a João, filho de Zacarias, no deserto.
E ele percorreu toda a zona do rio Jordão,
pregando um baptismo de penitência
para a remissão dos pecados,
como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías:
«Uma voz clama no deserto:
‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Sejam alteados todos os vales
e abatidos os montes e as colinas;
endireitem-se os caminhos tortuosos
e aplanem-se as veredas escarpadas;
e toda a criatura verá a salvação de Deus’».

02º Domingo do Tempo do Advento - Ano C


Resultado de imagem para 02º Domingo do Tempo do Advento - Ano C

Podemos situar o tema deste domingo à volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os baptizados, chamados – neste tempo em especial – a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer.

O Evangelho apresenta-nos o profeta João Baptista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos.

A primeira leitura sugere que este “caminho” de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta libertadora que Deus nos faz. A leitura convida-nos, ainda, a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Deus que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades.

A segunda leitura chama a atenção para o facto de a comunidade se dever preocupar com o anúncio profético e dever manifestar, em concreto, a sua solidariedade para com todos aqueles que fazem sua a causa do Evangelho. Sugere, também, que a comunidade deve dar um verdadeiro testemunho de caridade, banindo as divisões e os conflitos: só assim ela dará testemunho do Senhor que vem.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Leituras do 1º Domingo do Advento - Ano C

LEITURA I – Jer 33,14-16

Leitura do Livro de Jeremias

Eis o que diz o Senhor:
«Dias virão, em que cumprirei a promessa
que fiz à casa de Israel e à casa de Judá:
Naqueles dias, naquele tempo,
farei germinar para David um rebento de justiça
que exercerá o direito e a justiça na terra.
Naqueles dias, o reino de Judá será salvo
e Jerusalém viverá em segurança.
Este é o nome que chamarão à cidade:
‘O Senhor é a nossa justiça’».

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 24 (25)

Refrão: Para Vós, Senhor, elevo a minha alma.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.

Os caminhos do Senhor são misericórdia e fidelidade
para os que guardam a sua aliança e os seus preceitos.
O Senhor trata com familiaridade os que O temem
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.


LEITURA II – 1 Tes 3,12–4,2

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos:
O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade
uns para com os outros e para com todos,
tal como nós a temos tido para convosco.
O Senhor confirme os vossos corações
numa santidade irrepreensível,
diante de Deus, nosso Pai,
no dia da vinda de Jesus, nosso Senhor,
com todos os santos.
Finalmente, irmãos,
eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus:
recebestes de nós instruções
sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus,
e assim estais procedendo;
mas deveis progredir ainda mais.
Conheceis bem as normas que vos demos
da parte do Senhor Jesus.

EVANGELHO – Lc 21,25-28.34-36

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas
e, na terra, angústia entre as nações,
aterradas com o rugido e a agitação do mar.
Os homens morrerão de pavor,
na expectativa do que vai suceder ao universo,
pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem,
com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer,
erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.
Tende cuidado convosco,
não suceda que os vossos corações se tornem pesados
pela intemperança, a embriaguês e as preocupações da vida,
e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha,
pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra.
Portanto, vigiai e orai em todo o tempo,
para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer
e comparecer diante do Filho do homem».

01º Domingo do Tempo do Advento - Ano C


Resultado de imagem para 1º domingo do advento ano c
 
Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos uma primeira abordagem à “vinda” do Senhor.

 Na primeira leitura, pela boca do profeta Jeremias, o Deus da aliança anuncia que é fiel às suas promessas e vai enviar ao seu Povo um “rebento” da família de David. A sua missão será concretizar esse mundo sonhado de justiça e de paz: fecundidade, bem-estar, vida em abundância, serão os frutos da acção do Messias.

 O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Messias filho de David, a anunciar a todos os que se sentem prisioneiros: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima. O mundo velho a que estais presos vai cair e, em seu lugar, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a liberdade e a vida em plenitude. Estai atentos, a fim de acolherdes o Filho do Homem que vos traz o projecto desse mundo novo”. É preciso, no entanto, reconhecê-l’O, saber identificar os seus apelos e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz.

 A segunda leitura convida-nos a não nos instalarmos na mediocridade e no comodismo, mas a esperar numa atitude activa a vinda do Senhor. É fundamental, nessa atitude, a vivência do amor: é ele o centro do nosso testemunho pessoal, comunitário, eclesial.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Leituras da Solenidade de Cristo Rei

LEITURA I – Dan 7,13-14

Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem.

Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença.

 Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos e nações O serviram.

 O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 92 (93)

Refrão: O Senhor é rei num trono de luz.

O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade, revestiu-Se e cingiu-Se de poder.

Firmou o universo, que não vacilará. É firme o vosso trono desde sempre, Vós existis desde toda a eternidade.

Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé, a santidade habita na vossa casa
por todo o sempre.


LEITURA II – Ap 1,5-8
 
Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos reis da terra.

Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amen.
 
Ei-l’O que vem entre as nuvens, e todos os olhos O verão, mesmo aqueles que O trespassaram; e por sua causa hão-de lamentar-se todas as tribos da terra. Sim. Amen.

«Eu sou o Alfa e o Ómega», diz o Senhor Deus, «Aquele que é, que era e que há-de vir, o Senhor do Universo».
 
 
EVANGELHO – Jo 18,33b-37

Naquele tempo,
disse Pilatos a Jesus:
«Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe:

«É por ti que o dizes,
ou foram outros que to disseram de Mim?» Disseram-Lhe Pilatos:
«Porventura eu sou judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?»
Jesus respondeu:
«O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam
para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui».
Disse-Lhe Pilatos:
«Então, Tu és Rei?» Jesus respondeu-lhe:
«É como dizes: sou Rei.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».

Solenidade de Cristo, Rei do Universo - Ano B - XXXIV Domingo Comum


Resultado de imagem para solenidade de cristo rei 2015
 
No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.

 A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um “filho de homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”, Deus vai devolver à história a sua dimensão de “humanidade”, possibilitando que os homens sejam livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse “filho de homem” vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.

 Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor

 do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há-de vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira leitura.

 O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Direito ao trabalho, direito ao descanso

 

Aos dirigentes e funcionários do Inps o Papa denuncia a vergonha do trabalho não declarado e da precariedade e pede que se apóiem os desempregados e se tutelem a ocupação feminina e a maternidade ·

 
«É vergonhoso!»: não usa meios termos o Papa Francisco perante as situações «de desemprego, injustiça social, trabalho não declarado, precariedade» assim «tão forte» hoje no mundo, na Itália e mesmo em Roma. Uma consideração acrescentada de forma improvisada ao discurso preparado para os vinte e três mil funcionários e dirigentes do Instituto nacional de previdência social (Inps), que vieram de todas as partes Itália para o encontro realizado na manhã de sábado, 7 de Novembro, na praça de São Pedro.
 
 
Francisco quis contextualizar a sua reflexão – focalizada inteiramente no «direito ao descanso - inserindo-a «na sociedade hodierna, com os seus equilíbrios difíceis e a fragilidade das suas relações», e no mundo do trabalho «atormentado pela insuficiência de emprego e pela precariedade das garantias que consegue oferecer». Por conseguinte, fez surgir um interrogativo que interpela as consciências: «Se vivermos deste modo – questionou-se – como é possível descansar? O repouso é o direito que todos temos quanto trabalhamos».
 
Ao contrário, são cada vez mais os desempregados, os desesperados prontos a aceitar qualquer emprego e qualquer condição, sofrendo injustiças e prevaricações que o Papa não hesitou em definir vergonhosas.Reafirmando que «a reforma é um direito», o Pontífice denunciou os «extremismos aberrantes» aos quais chegaram muitas vezes hipóteses e negociações relativas à conclusão do trabalho e o sucessivo período de descanso.
 
Em seguida, evidenciou a necessidade de «subsídios indispensáveis para a subsistência dos trabalhadores desempregados e das suas famílias» e recomendou «uma atenção privilegiada para com o trabalho feminino, assim como aquela assistência à maternidade que deve sempre tutelar a vida que nasce e quem a serve quotidianamente».
 
«O trabalho – afirmou o Papa na conclusão – não pode ser uma mera engranagem no mecanismo perverso que esmaga recursos para obter lucros cada vez maiores. E «não pode, portanto, ser prolongado ou reduzido em função do lucro de poucos e de forma produtivas que sacrificam os valores, as relações e os princípios».
 
Fonte: L'Osservatore Romano

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Leituras do 33º Domingo do Tempo Comum - Ano B

LEITURA I – Dan 12,1-3

Leitura da Profecia de Daniel

Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe dos Anjos,
que protege os filhos do teu povo.
Será um tempo de angústia,
como não terá havido até então, desde que existem nações.
Mas nesse tempo, virá a salvação para o teu povo,
para aqueles que estiverem inscritos no livro de Deus.
Muitos dos que dormem no pó da terra acordarão,
uns para a vida eterna,
outros para a vergonha e o horror eterno.
Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento
e os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça
brilharão como estrelas por toda a eternidade.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 15 (16)

Refrão 1: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.

Refrão 2: Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós.

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.


LEITURA II – Heb 10,11-14.18

Leitura da Epístola aos Hebreus

Todo o sacerdote da antiga aliança
se apresenta cada dia para exercer o seu ministério
e oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios,
que nunca poderão perdoar os pecados.
Cristo, ao contrário,
tendo oferecido pelos pecados um único sacrifício,
sentou-Se para sempre à direita de Deus,
esperando desde então que os seus inimigos
sejam postos como escabelo dos seus pés.
Porque, com uma única oblação,
Ele tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica.
Onde há remissão dos pecados,
já não há necessidade de oblação pelo pecado.

EVANGELHO – Mc 13,24-32

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Naqueles dias, depois de uma grande aflição,
o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;
as estrelas cairão do céu
e as forças que há nos céus serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens,
com grande poder e glória.
Ele mandará os Anjos,
para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais,
da extremidade da terra à extremidade do céu.
Aprendei a parábola da figueira:
quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas,
sabeis que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.
Em verdade vos digo:
Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Passará o céu e a terra,
mas as minhas palavras não passarão.
Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece:
nem os Anjos do Céu, nem o Filho;
só o Pai».

33º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos, fundamentalmente, um convite à esperança. Convida-nos a confiar nesse Deus libertador, Senhor da história, que tem um projecto de vida definitiva para os homens. Ele vai – dizem os nossos textos – mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim.

 A primeira leitura anuncia aos crentes perseguidos e desanimados a chegada iminente do tempo da intervenção libertadora de Deus para salvar o Povo fiel. É esta a esperança que deve sustentar os justos, chamados a permanecerem fiéis a Deus, apesar da perseguição e da prova. A sua constância e fidelidade serão recompensadas com a vida eterna.

 No Evangelho, Jesus garante-nos que, num futuro sem data marcada, o mundo velho do egoísmo e do pecado vai cair e que, em seu lugar, Deus vai fazer aparecer um mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Aos seus discípulos, Jesus pede que estejam atentos aos sinais que anunciam essa nova realidade e disponíveis para acolher os projectos, os apelos e os desafios de Deus.

 A segunda leitura lembra que Jesus veio ao mundo para concretizar o projecto de Deus no sentido de libertar o homem do pecado e de o inserir numa dinâmica de vida eterna. Com a sua vida e com o seu testemunho, Ele ensinou-nos a vencer o egoísmo e o pecado e a fazer da vida um dom de amor a Deus e aos irmãos. É esse o caminho do mundo novo e da vida definitiva.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Vaticano: Papa exige atitude de «serviço» a quem tem autoridade na Igreja

Francisco presidiu a Missa em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos no último ano

CTV
 
Cidade do Vaticano, 03 nov 2015 (Ecclesia) - O Papa desafiou hoje no Vaticano todos os que têm cargos de autoridade na Igreja a “renovar a escolha de servir”, sem procurar outras recompensas.
“Quem serve e dá parece um perdedor aos olhos do mundo. Na verdade, é precisamente perdendo a vida que a reencontra, porque uma vida que se despoja de si, perdendo-se no amor, imita Cristo: vence a morte e dá vida ao mundo”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu na Basílica de São Pedro, em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos no último ano.
 
Perante vários colaboradores da Cúria Romana e centenas de pessoas que participaram na celebração, o Papa sublinhou que a morte parece “escura e angustiante”, mas Jesus não “fugiu” dela.
“Este estilo de Deus, que nos salva servindo-nos e aniquilando-se, tem muito a ensinar-nos: não esperemos uma vitória divina triunfal. Jesus, pelo contrário, mostra-nos uma vitória humilíssima”, precisou.
 
Francisco admitiu que esta é uma realidade que é “difícil aceitar”, um “mistério” que mostra a “força do amor”.
 
“Jesus não só tirou o mal, mas transformou-o em bem. Não mudou as coisas com palavras, mas com atos; não na aparência, mas na substância; não na superfície, mas na raiz: fez da cruz uma ponte para a vida”, prosseguiu.
 
O Papa pediu que os católicos rejeitem o “afã das coisas efémeras”, que passam e se desvanecem no “nada”, procurando ser “servos” segundo o coração de Jesus e não “funcionários”.
 
“Também nós podemos vencer com Ele, se escolhermos o amor servil e humilde, que permanece vitorioso para a eternidade. É um amor que não grita e não se impõe, mas sabe esperar com confiança e paciência”, concluiu.
 
Esta segunda-feira à tarde, como é tradição no dia em que a Igreja comemora os defuntos, o Papa visitou de forma privada as grutas do Vaticano, para rezar pelos pontífices falecidos.
 
Fonte: Agência Ecclesia

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Papa reza pelos Pontífices falecidos no túmulo de São Pedro

Cidade do Vaticano (RV) – Neste dia de Finados, o Papa Francisco desceu à Cripta Vaticana onde, em silêncio, recordou os Pontífices defuntos para, em seguida, deter-se em oração pelos seus predecessores diante do túmulo de São Pedro.
 
A visita do Papa, que foi estritamente privada, teve início às 18h locais (15h de Brasília), a exemplo do que já aconteceu em anos anteriores e também como, há muitos anos, fazem os Pontífices no dia de Finados.
 
São João Paulo II
 
Papa Wojtyla, em 2002, fez a seguinte meditação:
 
“Nestas Grutas do Vaticano
confiemos à Misericórdia do Pai, em primeiro lugar, as vítimas do terremoto que atingiu o sul da Itália e em particular as numerosas crianças que perderam a vida, os seus pais e as suas famílias.
 
Oremos também por aqueles que têm aqui a sua sepultura e esperam a ressurreição da carne: de modo especial, os Sumos Pontífices, que desempenharam o serviço de Pastores da Igreja universal, a fim de participarem da eterna glória celestial”.
 
A Rádio Vaticano visitou o túmulo de São Pedro. Clique para ouvir
 
(RB)
 
Fonte: Rádio Vaticano

Grave traição da confiança do Papa: Dois presos no Vaticano por divulgação de notícias confidenciais


No âmbito das investigações da polícia judiciária realizadas pela Gendarmaria do Vaticano e iniciadas há alguns meses a propósito da subtração e divulgação de notícias e documentos confidenciais, no sábado 31 de Outubro e no domingo 1 de Novembro, foram convocadas duas pessoas para ser interrogadas com base nos elementos recolhidos e nas evidências confirmadas.
 
Trata-se de um eclesiástico, monsenhor Lucio Angel Vallejo Balda, e de Francesca Chaouqui, que no passado foram respectivamente secretário e membro da Comissão referente de estudo e orientação sobre a organização das estruturas económico-administrativas da Santa Sé (Cosea), instituída pelo Papa em Julho de 2013 e, sucessivamente, dissolvida depois do cumprimento do seu mandato.
 
Após os resultados dos interrogatórios estas duas pessoas foram presas na expectativa do prosseguimento das investigações.No dia 2 o departamento do promotor de justiça nas pessoas de Gian Piero Milano, promotor de justiça, e Roberto Zannotti, promotor de justiça adjunto, confirmou a prisão das citadas pessoas, libertando Chaouqui, em relação à qual não há exigência de medidas cautelares, também devido à sua colaboração nas investigações.
 
A posição de monsenhor Vallejo Balda permanece sob exame do departamento do promotor de justiça.Deve-se recordar que a divulgação de notícias e documentos confidenciais é crime previsto pela lei n. IX do Estado da Cidade do Vaticano (13 de Julho de 2013), art. 10 (art. 116 bis c.p.).
 
Quanto aos livros anunciados para os próximos dias, esclarece-se que também desta vez, como já aconteceu no passado, são frutos de uma grave traição da confiança atribuída pelo Papa e, em relação aos autores, de uma acção para obter vantagem de um acto gravemente ilícito de entrega de documentação confidencial, acção cujas consequências jurídicas e eventualmente penais são objecto de reflexão por parte do departamento do promotor na expectativa de eventuais ulteriores medidas, recorrendo, se for o caso, à cooperação internacional.
 
Publicações deste género não ajudam de modo algum para estabelecer clareza e verdade, mas geraram confusão e interpretações parciais e tendenciosas. É preciso absolutamente evitar o equívoco de pensar que isto seja um modo para ajudar a missão do Papa.
 
Fonte: Osservatore Romano

Lituirgia do XVII Domingo do Tempo Comum - Ano B

25 de julho de 2021 ANTÍFONA DE ENTRADA   Salmo 67, 6-7.36 Deus vive na sua morada santa, Ele prepara uma casa para o pobre. É a força e o v...