segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Leituras do 2º Domingo do Advento - Ano C

LEITURA I – Bar 5,1-9

Leitura do Livro de Baruc

Jerusalém, deixa a tua veste de luto e aflição
e reveste para sempre a beleza da glória que vem de Deus.
Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus
e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno.
Deus vai mostrar o teu esplendor
a toda a criatura que há debaixo do céu;
Deus te dará para sempre este nome:
«Paz da justiça e glória da piedade».
Levanta-te, Jerusalém,
sobe ao alto e olha para o Oriente:
vê os teus filhos reunidos desde o Poente ao Nascente,
por ordem do Deus Santo,
felizes por Deus Se ter lembrado deles.
Tinham-te deixado, caminhando a pé, levados pelos inimigos;
mas agora é Deus que os reconduz a ti,
trazidos em triunfo, como filhos de reis.
Deus decidiu abater todos os altos montes e as colinas seculares
e encher os vales, para se aplanar a terra,
a fim de que Israel possa caminhar em segurança,
na glória de Deus.
Também os bosques e todas as árvores aromáticas
darão sombra a Israel, por ordem de Deus,
porque Deus conduzirá Israel na alegria,
à luz da sua glória,
com a misericórdia e a justiça que d’Ele procedem.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 125 (126)

Refrão 1: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor: por isso exultamos de alegria.

Refrão 2: O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo.

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.


LEITURA II – Filip 1,4-6.8-11

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos:
Em todas as minhas orações,
peço sempre com alegria por todos vós,
recordando-me da parte que tomastes na causa do Evangelho,
desde o primeiro dia até ao presente.
Tenho plena confiança
de que Aquele que começou em vós tão boa obra
há-de levá-la a bom termo até ao dia de Cristo Jesus.
Deus é testemunha
de que vos amo a todos no coração de Cristo Jesus.
Por isso Lhe peço que a vossa caridade
cresça cada vez mais em ciência e discernimento,
para que possais distinguir o que é melhor
e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo,
na plenitude dos frutos de justiça
que se obtêm por Jesus Cristo,
para louvor e glória de Deus.

EVANGELHO – Lc 3,1-6

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério,
quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia,
Herodes tetrarca da Galileia,
seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconítide
e Lisânias tetrarca de Abilene,
no pontificado de Anás e Caifás,
foi dirigida a palavra de Deus
a João, filho de Zacarias, no deserto.
E ele percorreu toda a zona do rio Jordão,
pregando um baptismo de penitência
para a remissão dos pecados,
como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías:
«Uma voz clama no deserto:
‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Sejam alteados todos os vales
e abatidos os montes e as colinas;
endireitem-se os caminhos tortuosos
e aplanem-se as veredas escarpadas;
e toda a criatura verá a salvação de Deus’».

02º Domingo do Tempo do Advento - Ano C


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Podemos situar o tema deste domingo à volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os baptizados, chamados – neste tempo em especial – a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer.

O Evangelho apresenta-nos o profeta João Baptista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos.

A primeira leitura sugere que este “caminho” de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta libertadora que Deus nos faz. A leitura convida-nos, ainda, a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Deus que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades.

A segunda leitura chama a atenção para o facto de a comunidade se dever preocupar com o anúncio profético e dever manifestar, em concreto, a sua solidariedade para com todos aqueles que fazem sua a causa do Evangelho. Sugere, também, que a comunidade deve dar um verdadeiro testemunho de caridade, banindo as divisões e os conflitos: só assim ela dará testemunho do Senhor que vem.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Leituras do 1º Domingo do Advento - Ano C

LEITURA I – Jer 33,14-16

Leitura do Livro de Jeremias

Eis o que diz o Senhor:
«Dias virão, em que cumprirei a promessa
que fiz à casa de Israel e à casa de Judá:
Naqueles dias, naquele tempo,
farei germinar para David um rebento de justiça
que exercerá o direito e a justiça na terra.
Naqueles dias, o reino de Judá será salvo
e Jerusalém viverá em segurança.
Este é o nome que chamarão à cidade:
‘O Senhor é a nossa justiça’».

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 24 (25)

Refrão: Para Vós, Senhor, elevo a minha alma.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.

Os caminhos do Senhor são misericórdia e fidelidade
para os que guardam a sua aliança e os seus preceitos.
O Senhor trata com familiaridade os que O temem
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.


LEITURA II – 1 Tes 3,12–4,2

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos:
O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade
uns para com os outros e para com todos,
tal como nós a temos tido para convosco.
O Senhor confirme os vossos corações
numa santidade irrepreensível,
diante de Deus, nosso Pai,
no dia da vinda de Jesus, nosso Senhor,
com todos os santos.
Finalmente, irmãos,
eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus:
recebestes de nós instruções
sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus,
e assim estais procedendo;
mas deveis progredir ainda mais.
Conheceis bem as normas que vos demos
da parte do Senhor Jesus.

EVANGELHO – Lc 21,25-28.34-36

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas
e, na terra, angústia entre as nações,
aterradas com o rugido e a agitação do mar.
Os homens morrerão de pavor,
na expectativa do que vai suceder ao universo,
pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem,
com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer,
erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.
Tende cuidado convosco,
não suceda que os vossos corações se tornem pesados
pela intemperança, a embriaguês e as preocupações da vida,
e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha,
pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra.
Portanto, vigiai e orai em todo o tempo,
para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer
e comparecer diante do Filho do homem».

01º Domingo do Tempo do Advento - Ano C


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Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos uma primeira abordagem à “vinda” do Senhor.

 Na primeira leitura, pela boca do profeta Jeremias, o Deus da aliança anuncia que é fiel às suas promessas e vai enviar ao seu Povo um “rebento” da família de David. A sua missão será concretizar esse mundo sonhado de justiça e de paz: fecundidade, bem-estar, vida em abundância, serão os frutos da acção do Messias.

 O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Messias filho de David, a anunciar a todos os que se sentem prisioneiros: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima. O mundo velho a que estais presos vai cair e, em seu lugar, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a liberdade e a vida em plenitude. Estai atentos, a fim de acolherdes o Filho do Homem que vos traz o projecto desse mundo novo”. É preciso, no entanto, reconhecê-l’O, saber identificar os seus apelos e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz.

 A segunda leitura convida-nos a não nos instalarmos na mediocridade e no comodismo, mas a esperar numa atitude activa a vinda do Senhor. É fundamental, nessa atitude, a vivência do amor: é ele o centro do nosso testemunho pessoal, comunitário, eclesial.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Leituras da Solenidade de Cristo Rei

LEITURA I – Dan 7,13-14

Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem.

Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença.

 Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos e nações O serviram.

 O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 92 (93)

Refrão: O Senhor é rei num trono de luz.

O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade, revestiu-Se e cingiu-Se de poder.

Firmou o universo, que não vacilará. É firme o vosso trono desde sempre, Vós existis desde toda a eternidade.

Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé, a santidade habita na vossa casa
por todo o sempre.


LEITURA II – Ap 1,5-8
 
Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos reis da terra.

Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amen.
 
Ei-l’O que vem entre as nuvens, e todos os olhos O verão, mesmo aqueles que O trespassaram; e por sua causa hão-de lamentar-se todas as tribos da terra. Sim. Amen.

«Eu sou o Alfa e o Ómega», diz o Senhor Deus, «Aquele que é, que era e que há-de vir, o Senhor do Universo».
 
 
EVANGELHO – Jo 18,33b-37

Naquele tempo,
disse Pilatos a Jesus:
«Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe:

«É por ti que o dizes,
ou foram outros que to disseram de Mim?» Disseram-Lhe Pilatos:
«Porventura eu sou judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?»
Jesus respondeu:
«O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam
para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui».
Disse-Lhe Pilatos:
«Então, Tu és Rei?» Jesus respondeu-lhe:
«É como dizes: sou Rei.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».

Solenidade de Cristo, Rei do Universo - Ano B - XXXIV Domingo Comum


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No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.

 A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um “filho de homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”, Deus vai devolver à história a sua dimensão de “humanidade”, possibilitando que os homens sejam livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse “filho de homem” vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.

 Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor

 do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há-de vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira leitura.

 O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Direito ao trabalho, direito ao descanso

 

Aos dirigentes e funcionários do Inps o Papa denuncia a vergonha do trabalho não declarado e da precariedade e pede que se apóiem os desempregados e se tutelem a ocupação feminina e a maternidade ·

 
«É vergonhoso!»: não usa meios termos o Papa Francisco perante as situações «de desemprego, injustiça social, trabalho não declarado, precariedade» assim «tão forte» hoje no mundo, na Itália e mesmo em Roma. Uma consideração acrescentada de forma improvisada ao discurso preparado para os vinte e três mil funcionários e dirigentes do Instituto nacional de previdência social (Inps), que vieram de todas as partes Itália para o encontro realizado na manhã de sábado, 7 de Novembro, na praça de São Pedro.
 
 
Francisco quis contextualizar a sua reflexão – focalizada inteiramente no «direito ao descanso - inserindo-a «na sociedade hodierna, com os seus equilíbrios difíceis e a fragilidade das suas relações», e no mundo do trabalho «atormentado pela insuficiência de emprego e pela precariedade das garantias que consegue oferecer». Por conseguinte, fez surgir um interrogativo que interpela as consciências: «Se vivermos deste modo – questionou-se – como é possível descansar? O repouso é o direito que todos temos quanto trabalhamos».
 
Ao contrário, são cada vez mais os desempregados, os desesperados prontos a aceitar qualquer emprego e qualquer condição, sofrendo injustiças e prevaricações que o Papa não hesitou em definir vergonhosas.Reafirmando que «a reforma é um direito», o Pontífice denunciou os «extremismos aberrantes» aos quais chegaram muitas vezes hipóteses e negociações relativas à conclusão do trabalho e o sucessivo período de descanso.
 
Em seguida, evidenciou a necessidade de «subsídios indispensáveis para a subsistência dos trabalhadores desempregados e das suas famílias» e recomendou «uma atenção privilegiada para com o trabalho feminino, assim como aquela assistência à maternidade que deve sempre tutelar a vida que nasce e quem a serve quotidianamente».
 
«O trabalho – afirmou o Papa na conclusão – não pode ser uma mera engranagem no mecanismo perverso que esmaga recursos para obter lucros cada vez maiores. E «não pode, portanto, ser prolongado ou reduzido em função do lucro de poucos e de forma produtivas que sacrificam os valores, as relações e os princípios».
 
Fonte: L'Osservatore Romano

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Leituras do 33º Domingo do Tempo Comum - Ano B

LEITURA I – Dan 12,1-3

Leitura da Profecia de Daniel

Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe dos Anjos,
que protege os filhos do teu povo.
Será um tempo de angústia,
como não terá havido até então, desde que existem nações.
Mas nesse tempo, virá a salvação para o teu povo,
para aqueles que estiverem inscritos no livro de Deus.
Muitos dos que dormem no pó da terra acordarão,
uns para a vida eterna,
outros para a vergonha e o horror eterno.
Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento
e os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça
brilharão como estrelas por toda a eternidade.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 15 (16)

Refrão 1: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.

Refrão 2: Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós.

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.


LEITURA II – Heb 10,11-14.18

Leitura da Epístola aos Hebreus

Todo o sacerdote da antiga aliança
se apresenta cada dia para exercer o seu ministério
e oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios,
que nunca poderão perdoar os pecados.
Cristo, ao contrário,
tendo oferecido pelos pecados um único sacrifício,
sentou-Se para sempre à direita de Deus,
esperando desde então que os seus inimigos
sejam postos como escabelo dos seus pés.
Porque, com uma única oblação,
Ele tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica.
Onde há remissão dos pecados,
já não há necessidade de oblação pelo pecado.

EVANGELHO – Mc 13,24-32

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Naqueles dias, depois de uma grande aflição,
o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;
as estrelas cairão do céu
e as forças que há nos céus serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens,
com grande poder e glória.
Ele mandará os Anjos,
para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais,
da extremidade da terra à extremidade do céu.
Aprendei a parábola da figueira:
quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas,
sabeis que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.
Em verdade vos digo:
Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Passará o céu e a terra,
mas as minhas palavras não passarão.
Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece:
nem os Anjos do Céu, nem o Filho;
só o Pai».

33º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos, fundamentalmente, um convite à esperança. Convida-nos a confiar nesse Deus libertador, Senhor da história, que tem um projecto de vida definitiva para os homens. Ele vai – dizem os nossos textos – mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim.

 A primeira leitura anuncia aos crentes perseguidos e desanimados a chegada iminente do tempo da intervenção libertadora de Deus para salvar o Povo fiel. É esta a esperança que deve sustentar os justos, chamados a permanecerem fiéis a Deus, apesar da perseguição e da prova. A sua constância e fidelidade serão recompensadas com a vida eterna.

 No Evangelho, Jesus garante-nos que, num futuro sem data marcada, o mundo velho do egoísmo e do pecado vai cair e que, em seu lugar, Deus vai fazer aparecer um mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Aos seus discípulos, Jesus pede que estejam atentos aos sinais que anunciam essa nova realidade e disponíveis para acolher os projectos, os apelos e os desafios de Deus.

 A segunda leitura lembra que Jesus veio ao mundo para concretizar o projecto de Deus no sentido de libertar o homem do pecado e de o inserir numa dinâmica de vida eterna. Com a sua vida e com o seu testemunho, Ele ensinou-nos a vencer o egoísmo e o pecado e a fazer da vida um dom de amor a Deus e aos irmãos. É esse o caminho do mundo novo e da vida definitiva.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Vaticano: Papa exige atitude de «serviço» a quem tem autoridade na Igreja

Francisco presidiu a Missa em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos no último ano

CTV
 
Cidade do Vaticano, 03 nov 2015 (Ecclesia) - O Papa desafiou hoje no Vaticano todos os que têm cargos de autoridade na Igreja a “renovar a escolha de servir”, sem procurar outras recompensas.
“Quem serve e dá parece um perdedor aos olhos do mundo. Na verdade, é precisamente perdendo a vida que a reencontra, porque uma vida que se despoja de si, perdendo-se no amor, imita Cristo: vence a morte e dá vida ao mundo”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu na Basílica de São Pedro, em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos no último ano.
 
Perante vários colaboradores da Cúria Romana e centenas de pessoas que participaram na celebração, o Papa sublinhou que a morte parece “escura e angustiante”, mas Jesus não “fugiu” dela.
“Este estilo de Deus, que nos salva servindo-nos e aniquilando-se, tem muito a ensinar-nos: não esperemos uma vitória divina triunfal. Jesus, pelo contrário, mostra-nos uma vitória humilíssima”, precisou.
 
Francisco admitiu que esta é uma realidade que é “difícil aceitar”, um “mistério” que mostra a “força do amor”.
 
“Jesus não só tirou o mal, mas transformou-o em bem. Não mudou as coisas com palavras, mas com atos; não na aparência, mas na substância; não na superfície, mas na raiz: fez da cruz uma ponte para a vida”, prosseguiu.
 
O Papa pediu que os católicos rejeitem o “afã das coisas efémeras”, que passam e se desvanecem no “nada”, procurando ser “servos” segundo o coração de Jesus e não “funcionários”.
 
“Também nós podemos vencer com Ele, se escolhermos o amor servil e humilde, que permanece vitorioso para a eternidade. É um amor que não grita e não se impõe, mas sabe esperar com confiança e paciência”, concluiu.
 
Esta segunda-feira à tarde, como é tradição no dia em que a Igreja comemora os defuntos, o Papa visitou de forma privada as grutas do Vaticano, para rezar pelos pontífices falecidos.
 
Fonte: Agência Ecclesia

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Papa reza pelos Pontífices falecidos no túmulo de São Pedro

Cidade do Vaticano (RV) – Neste dia de Finados, o Papa Francisco desceu à Cripta Vaticana onde, em silêncio, recordou os Pontífices defuntos para, em seguida, deter-se em oração pelos seus predecessores diante do túmulo de São Pedro.
 
A visita do Papa, que foi estritamente privada, teve início às 18h locais (15h de Brasília), a exemplo do que já aconteceu em anos anteriores e também como, há muitos anos, fazem os Pontífices no dia de Finados.
 
São João Paulo II
 
Papa Wojtyla, em 2002, fez a seguinte meditação:
 
“Nestas Grutas do Vaticano
confiemos à Misericórdia do Pai, em primeiro lugar, as vítimas do terremoto que atingiu o sul da Itália e em particular as numerosas crianças que perderam a vida, os seus pais e as suas famílias.
 
Oremos também por aqueles que têm aqui a sua sepultura e esperam a ressurreição da carne: de modo especial, os Sumos Pontífices, que desempenharam o serviço de Pastores da Igreja universal, a fim de participarem da eterna glória celestial”.
 
A Rádio Vaticano visitou o túmulo de São Pedro. Clique para ouvir
 
(RB)
 
Fonte: Rádio Vaticano

Grave traição da confiança do Papa: Dois presos no Vaticano por divulgação de notícias confidenciais


No âmbito das investigações da polícia judiciária realizadas pela Gendarmaria do Vaticano e iniciadas há alguns meses a propósito da subtração e divulgação de notícias e documentos confidenciais, no sábado 31 de Outubro e no domingo 1 de Novembro, foram convocadas duas pessoas para ser interrogadas com base nos elementos recolhidos e nas evidências confirmadas.
 
Trata-se de um eclesiástico, monsenhor Lucio Angel Vallejo Balda, e de Francesca Chaouqui, que no passado foram respectivamente secretário e membro da Comissão referente de estudo e orientação sobre a organização das estruturas económico-administrativas da Santa Sé (Cosea), instituída pelo Papa em Julho de 2013 e, sucessivamente, dissolvida depois do cumprimento do seu mandato.
 
Após os resultados dos interrogatórios estas duas pessoas foram presas na expectativa do prosseguimento das investigações.No dia 2 o departamento do promotor de justiça nas pessoas de Gian Piero Milano, promotor de justiça, e Roberto Zannotti, promotor de justiça adjunto, confirmou a prisão das citadas pessoas, libertando Chaouqui, em relação à qual não há exigência de medidas cautelares, também devido à sua colaboração nas investigações.
 
A posição de monsenhor Vallejo Balda permanece sob exame do departamento do promotor de justiça.Deve-se recordar que a divulgação de notícias e documentos confidenciais é crime previsto pela lei n. IX do Estado da Cidade do Vaticano (13 de Julho de 2013), art. 10 (art. 116 bis c.p.).
 
Quanto aos livros anunciados para os próximos dias, esclarece-se que também desta vez, como já aconteceu no passado, são frutos de uma grave traição da confiança atribuída pelo Papa e, em relação aos autores, de uma acção para obter vantagem de um acto gravemente ilícito de entrega de documentação confidencial, acção cujas consequências jurídicas e eventualmente penais são objecto de reflexão por parte do departamento do promotor na expectativa de eventuais ulteriores medidas, recorrendo, se for o caso, à cooperação internacional.
 
Publicações deste género não ajudam de modo algum para estabelecer clareza e verdade, mas geraram confusão e interpretações parciais e tendenciosas. É preciso absolutamente evitar o equívoco de pensar que isto seja um modo para ajudar a missão do Papa.
 
Fonte: Osservatore Romano

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Leituras do 32º Domingo do Tempo Comum - Ano B

LEITURA I – 1 Re 17,10-16

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias,
o profeta Elias pôs-se a caminho e foi a Sarepta.
Ao chegar às portas da cidade,
encontrou uma viúva a apanhar lenha.
Chamou-a e disse-lhe:
«Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber».
Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse:
«Por favor, traz-me também um pedaço de pão».
Mas ela respondeu:
«Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus,
eu não tenho pão cozido,
mas somente um punhado de farinha na panela
e um pouco de azeite na almotolia.
Vim apanhar dois cavacos de lenha,
a fim de preparar esse resto para mim e meu filho.
Depois comeremos e esperaremos a morte».
Elias disse-lhe:
«Não temas; volta e faz como disseste.
Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui.
Depois prepararás o resto para ti e teu filho.
Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel:
‘Não se esgotará a panela da farinha,
nem se esvaziará a almotolia do azeite,
até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’».
A mulher foi e fez como Elias lhe mandara;
e comeram ele, ela e seu filho.
Desde aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou,
nem se esvaziou a almotolia do azeite,
como o Senhor prometera pela boca de Elias.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 145 (146)

Refrão 1:  Ó minha alma, louva o Senhor.

Refrão 2: Aleluia.

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.

O Senhor ilumina os olhos do cego,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores.

O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.


 LEITURA II – Heb 9,24-28

Leitura da Epístola aos Hebreus

Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas,
figura do verdadeiro,
mas no próprio Céu,
para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor.
E não entrou para Se oferecer muitas vezes,
como sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário,
como sangue alheio;
nesse caso, Cristo deveria ter padecido muitas vezes,
desde o princípio do mundo.
Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos,
para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
E, como está determinado que os homens morram uma só vez
e a seguir haja o julgamento,
assim também Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez
para tomar sobre Si os pecados da multidão,
aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado,
para dar a salvação àqueles que O esperam.

EVANGELHO – Mc 12,38-44

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
Jesus ensinava a multidão, dizendo:
«Acautelai-vos dos escribas,
que gostam de exibir longas vestes,
de receber cumprimentos nas praças,
de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas
e os primeiros lugares nos banquetes.
Devoram as casas das viúvas
com pretexto de fazerem longas rezas.
Estes receberão uma sentença mais severa».
Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro
a observar como a multidão deixava o dinheiro na caixa.
Muitos ricos deitavam quantias avultadas.
Veio uma pobre viúva
e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante.
Jesus chamou os discípulos e disse-lhes:
«Em verdade vos digo:
Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros.
Eles deitaram do que lhes sobrava,
mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha,
tudo o que possuía para viver».

32º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum fala-nos do verdadeiro culto, do culto que devemos prestar a Deus. A Deus não interessam grandes manifestações religiosas ou ritos externos mais ou menos sumptuosos, mas uma atitude permanente de entrega nas suas mãos, de disponibilidade para os seus projectos, de acolhimento generoso dos seus desafios, de generosidade para doarmos a nossa vida em benefício dos nossos irmãos.

 A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha e a solidariedade não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.

 O Evangelho diz, através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que é sempre fecunda), num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.

 A segunda leitura oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projecto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.

Lituirgia do XVII Domingo do Tempo Comum - Ano B

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