segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Solenidade de Todos os Santos - Ano A



 

 As Leituras deste dia - 1 de Novembro - revelam o projeto de Deus a respeito do homem: quer torná-lo participante da sua Santidade.

A primeira leitura afirma que uma grande multidão de pessoas, de todos os povos, são os santos que participam da glória celeste, junto de Deus. As primeiras perseguições tinham feito destruições cruéis nas comunidades cristãs, ainda tão jovens. Iriam estas comunidades, acabadas de fundar, desaparecer? As visões do profeta cristão trazem uma mensagem de esperança nesta provação. É uma linguagem codificada, que evoca Roma, perseguidora dos cristãos, sem a nomear diretamente, aplicando-lhe o qualificativo de Babilónia. 

A segunda leitura recorda que a Vida divina, que se manifestará no final da vida, já está presente em nós desde agora. Desde o nosso batismo, somos chamados filhos de Deus e o nosso futuro tem a marca da eternidade. Este segundo texto é reforça esta mensagem de esperança. Ela responde às nossas interrogações sobre o destino dos defuntos. Se Deus, no seu imenso amor, faz de nós seus filhos, não nos pode abandonar. Ora, em Jesus, vemos já qual o futuro a nos conduz a pertença à família divina: seremos semelhantes a Ele.

No Evangelho, Jesus apresenta a proposta das Bem-Aventuranças, como o melhor caminho para a alcançar Santidade. As Bem-aventuranças revelam a realidade misteriosa da vida em Deus, iniciada no Batismo. Aos olhos do mundo, o que os servidores de Deus sofrem são, efetivamente, formas de morte: ser pobre, suportar as provas (os que choram) ou as privações (ter fome e sede) de justiça, ser perseguido, ser partidário da paz, da reconciliação e da misericórdia, num mundo de violência e de lucro... Tudo isso aparece como não rentável, votado ao fracasso, à morte.


A Solenidade de Todos os Santos abre-nos assim o espírito e o coração às consequências da Ressurreição. O que se passou em Jesus realizou-se também nos seus bem-amados, os nossos antepassados na fé, e diz-nos igualmente respeito: sob as folhas mortas, sob a pedra do túmulo, a vida continua, misteriosa, para se revelar no Grande Dia, quando chegar o fim dos tempos. Para Jesus, foi o terceiro dia; para os seus amigos, isso será mais tarde.

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