sexta-feira, 13 de abril de 2018

Bispos da Europa e da África debatem sobre a globalização

Canonização de Francisco e Jacinta no Santuário de Fátima
Os bispos africanos e europeus escolheram a temática da globalização porque sabem que é um fenómeno pluridimensional: causa efeitos positivos nas comunidades eclesiais e ao mesmo tempo gerou e implementou crises e pontos de ruptura como nunca tinha acontecido.
Cidade do Vaticano
Teve início, em Fátima, Portugal, nesta quinta-feira (12/04), e prossegue até o dia 15, o seminário sobre os efeitos da globalização sobre os jovens, as migrações, ecologia e comunidades eclesiais dos dois continentes: africano e europeu.
Quais foram as grandes mudanças provocadas pela globalização dentro das igrejas, das sociedades e das culturas europeias e africanas? Esta difícil pergunta é o fio condutor do encontro em andamento, em Fátima, organizado pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e pelo Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM). No programa dos trabalhos, rigorosamente à portas fechadas, estão previstas três sessões diárias nas quais um bispo europeu e um africano farão um confronto sobre os efeitos da globalização sobre a juventude, migrações, o homem e a ecologia.
Bispos africanos e europeus unidos por desafios comuns
“O confronto dos bispos dos dois continentes sobre os desafios comuns já existe desde 2004”, conta Pe. Duarte da Cunha, secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa. “O objetivo é compartilhar as experiências e ajudar-se mutuamente, seja no juízo como nas propostas a serem aplicadas. E isso criou uma consciência comum muito forte”, acrescenta.
A globalização, ocasião para não subestimar
Os bispos africanos e europeus escolheram a temática da globalização porque sabem que é um fenômeno pluridimensional: causa efeitos positivos nas comunidades eclesiais e ao mesmo tempo gerou e implementou crises e pontos de ruptura como nunca tinha acontecido. “Um efeito positivo da globalização – explica Pe. Cunha – é a colaboração entre as pessoas, a facilidade com a qual, por exemplo, um padre africano – ou um missionário leigo – pode ir à Europa dar auxílio e os europeus à África. Tempos atrás o movimento era em uma só direção: da Europa para a África. Agora já não é mais assim, ao contrário. Entre os pontos negativos, há a exportação de más ideologias dominantes da Europa para a África. Refiro-me a ideias novas sobre a natureza humana, contra a família, e as que são patrocinadas por um capitalismo que se tornou selvagem”.
Encontro em Fátima, sob o olhar de Maria, a convite do patriarca de Lisboa
Este seminário está sendo realizado em Portugal, no Santuário de Fátima, por desejo do Presidente da Conferência Episcopal de Portugal, o cardeal Manuel Clemente, patriarca de Lisboa. Os trabalhos foram abertos pelo cardeal Angelo Bagnasco, arcebispo de Génova e presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
Fonte: Rádio Vaticano

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixe aqui as suas sugestões, opiniões e comentários.

Lituirgia do XVII Domingo do Tempo Comum - Ano B

25 de julho de 2021 ANTÍFONA DE ENTRADA   Salmo 67, 6-7.36 Deus vive na sua morada santa, Ele prepara uma casa para o pobre. É a força e o v...